quarta-feira, 8 de outubro de 2014

isto de não se ser super mulher...

... não tem tanta piada quanto isso!

o super pateta tinha super amendoins plantados no seu (normal) jardim.
eu não tenho jardim, mas quero ter um. tenho uma varanda, e algumas plantas lá abandonadas... não deve dar para ter super amendoins.

por outro lado, (não sei porque estou a usar aqui esta expressão) hoje queria ter ido buscar a piolha, depois de ter mudado a cama, ter arrumado gavetas da comoda dela, ter alimentado o piolho e adormecido, mudado fraldas e cocós até ao pescoço, ter brincado e dado mimo, ter feito um quadrado para a manta dela e ter tomado banho.

não tem sido um grande feito, tomar banho, tem sido fácil. ele gosta do barulho do (estive 1 minuto a pensar na palavra e não me lembrei... :|, portanto vamos ficar coma  que se segue ok?) aspirador da casa de banho e do barulho do chuveiro. ou então já é gajo e gosta de ver mulheres a tomar banho...

hoje, como em tantos outros dias, queria ser super mulher, super heroína, ter tempo e não me sentir cansada. não ter medo da chuva e do trânsito. ter energia para dar e vender.
(o elevador e o lugar de garagem eram gajos para ajudar, mas pá, a casa tem tanta luz e é tão casa)

hoje, como em tantos outros dias, sinto-me aquém e sinto-me a falhar.

hoje, só quero abraçar a piolha e dizer que a amo-daqui-até-à-lua-e-de-volta. mostrar-lhe que as coisas vão entrar nos eixos mais cedo ou mais tarde. que num destes dias pode ficar em casa com a mamã e o mano.

hoje, só quero ser abraçada pelo senhor com quem partilho a vida e sentir que estamos aqui, no sítio onde devemos estar, que já sou super mulher embora não o sinta. quero abraça-lo de volta e, por baixo da capa, dizer-lhe que ele não precisa de super amendoins. a capa já existe e está lá para nos proteger.


... não era aqui que queria chegar com o texto, mas foi onde ele me levou.
queria falar sobre a pressão que me imponho para fazer tudo aquilo que tenho de fazer e chegar a todo o lado. queria falar sobre me sentir em falta por não ir buscar a piolha ao infantário e de seguida ainda irmos um bocadinho ao parque (aqui a culpa é do s. pedro, não minha). vai ficar para outro dia, está visto. o piolho está a acordar e eu tenho de ir ali.


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